26.5.12

where i used to live.

Sou de uma terra onde os homens conservam na força dos braços a sua virilidade. Sou de uma terra onde as mulheres de mini saia são assobiadas. Sou de uma terra onde as casas são caiadas de branco e nas portas há flores a desabrochar. Sou de uma terra limitada pelas ondas salgadas e ventos ferozes do mar do norte e da luz solar reluzente que anima a hospitalidade do povo e do carinho pelos palavrões. Sou de uma terra onde o centro histórico encontra-se abandonado e mais ninguém vê o seu encanto que os sem abrigo. Sou de uma terra onde a noite dá vida aos vícios pelas mulheres dos homens de barrigas fartas do dinheiro que roubaram durante o dia. Sou de uma terra onde o azul e branco me rodeia o pescoço pelas felicitações do vitória arrebatadora no jogo bruto das canelas, perdão!, da bola. Sou de uma terra onde as igrejas renascem com fé fervorosa de quem quer que a mão divina assente arraiais sobre as suas medíocres existências. Sou de uma terra onde os vizinhos não se conhecem mas comentam sobre a vida alheia dentro de quatro paredes. Sou de uma terra... aí sou, caralho!

Sem comentários:

Enviar um comentário